Saturday, September 30, 2023

4 - Transdutor / Baruch de Espinosa

 


Como Organizar Sua Mente

 

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Coescrito por Equipe wikiHow

Referências

 

Neste Artigo: Fazendo uma lista Mantendo uma programação Mantendo-se consistente Concentrando-se no momento Artigos Relacionados Referências

Quando temos muito o que fazer, é fácil nos sentirmos dispersos ou estressados. Caso esteja sentindo-se sobrecarregado no trabalho, seja no escritório ou em casa, provavelmente é porque você perdeu a noção de como organizar seu tempo. Organizar a mente é o segredo para viver uma vida sem estresse, mas para fazer isso é preciso aprender a planejar.

 

 

Parte

1

Fazendo uma lista

 

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Step 1 Pegue um papel e uma caneta.

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Pegue um papel e uma caneta. É preciso visualizar o que está acontecendo na sua mente. Para isso, é melhor escrever seus pensamentos em um pedaço de papel. Isso faz com que o cérebro preste mais atenção nessas coisas. [1]

Caso precise de mais espaço, você pode usar uma lousa para começar a organizar sua mente. Dessa forma, você pode representar melhor suas ideias, sentar com calma e analisá-las.

Caso não tenha acesso a uma lousa ou prefira trabalhar em uma escala menor, use um pedaço de papel e uma caneta. Não existe nada como um bom caderno de anotações.

Step 2 Faça uma lista de afazeres.

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Faça uma lista de afazeres. Geralmente, quando uma pessoa quer organizar as ideias, na verdade ela está procurando por gerenciamento de tempo. O primeiro passo para gerenciar seu tempo de forma eficaz é saber o que você precisa realizar.

Uma boa forma de começar é planejar a semana de com antecedência. Pense em todas as tarefas que precisam ser realizadas. Anote-as em uma lista aleatória e desorganizada. Escreva as tarefas ao passo em que pensar nelas.

Faça uma lista física antes de passá-la para o seu smartphone. O ato de escrever, como informado acima, faz com que o cérebro preste mais atenção.

Step 3 Organize seus afazeres.

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Organize seus afazeres. Organize sua lista bagunçada e aleatória e agrupe as tarefas em categorias. Os objetivos da semana vão começar a adquirir uma forma, e você vai começar a ver como seus pensamentos estavam realmente dispersos.

Em um novo pedaço de papel (ou nova seção da lousa), escreva o nome das categorias que forem surgindo na sua lista.

Depois, reescreva cada tarefa abaixo de uma categoria. Você pode ir riscando cada tarefa da primeira lista ao passo em que atribuir a ela uma categoria para não correr o risco de repeti-la. Não há problema se algumas categorias tiverem somente uma tarefa – pelo menos as tarefas estarão categorizadas.

Step 4 Crie uma lista de resultados.

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Crie uma lista de resultados. Essa lista é diferente de uma lista de afazeres, pois no topo de cada dia da lista de afazeres, você vai ter seus objetivos (ou "resultados") listados. Os resultados são as metas reais do dia ou da semana – os afazeres representam como você pode atingi-los. [2]

Uma lista de resultados é semelhante à lista de afazeres, exceto que no topo dela os resultados estarão numerados, mas os afazeres, não. Numere os resultados de acordo com a ordem de importância, com o #1 sendo o mais importante.

Por exemplo, os objetivos do seu dia podem ser: 1) Terminar o projeto do mês passado, 2) Sair para ter um almoço espacial com meu cônjuge, 3) Completar a planta da casa.

Priorize os afazeres de acordo com os resultados desejados. Abaixo da lista de objetivos de cada dia, você deve listar as tarefas que podem ajudá-lo a atingi-los. Elas não precisam ser numeradas, mas devem estar listadas em ordem de importância, talvez com um campo de marcação para você usar após realizá-las.

Por exemplo, para atingir o resultado no exemplo dado, sua lista de afazeres do dia pode ser: verificar e-mails; ligar para a Bárbara; encontrar-me com o Alex; reunir-me com a equipe de projeto; entregar o projeto final; ligar para o cônjuge; ir para o restaurante; ligar para os arquitetos; enviar a provação da planta da casa.

 

Step 5 Escreve suas ideias.

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Escreve suas ideias. Quando estiver no meio da semana, você provavelmente vai perceber algumas ideias surgindo. A criatividade está sendo estimulada devido ao gerenciamento de tempo, permitindo que o cérebro use sua energia para coisas além do gerenciamento das tarefas.

Anote essas ideias sobre a categoria de resultados mais apropriada. Se você não anotar essas ideias, seu cérebro vai usar energia para mantê-las vivas.

Dê uma folga à sua mende transcrevendo-as em categorias. Você pode não parar de ficar pensando nas ideias, mas ao menos agora ela vai estar fora da sua cabeça, permitindo que você dê o próximo passo.

Caso você descubra que não a ideia não era tão boa, basta apagá-la.

 

Parte

2

Mantendo uma programação

 

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Step 1 Comece uma rotina semanal.

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Comece uma rotina semanal. Inicie uma rotina de planejar os resultados da semana no domingo à noite. Divida-os em resultados diários, e depois liste cada afazer diário abaixo deles. Dessa forma, você estará em dia assim que a semana começar.

Faça esse planejamento em um papel ou lousa para que você possa ver quais são seus objetivos, em vez de tentar enumerá-los mentalmente. O segredo de uma mente organizada é passar as ideias para o papel para que o cérebro não gastar energia tentando armazenar todas elas.

Step 2 Defina uma programação em seu telefone.

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Defina uma programação em seu telefone. É ótimo ter as ideias e tarefas anotadas em um papel, mas você precisa torná-las móveis e permitir espaço para que elas cresçam. Adicioná-las a um calendário em seu smartphone vai tornar a lista uma parte automatizada da sua vida, além de ser uma plataforma mais fácil para isso.

Ao definir um alarme para cada tarefa, você vai ser lembrado de manter seu cronograma.

Step 3 Preencha uma cópia física da sua programação.

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Preencha uma cópia física da sua programação. Se você não costuma andar com seu smartphone ou tablet, transfira esses dados todos para uma agenda de papel. Muitas pessoas preferem usar dispositivos eletrônicos, mas se você ainda costuma carregar uma agenda de papel, use uma grande o suficiente para ter espaço para todas suas tarefas diárias.

A vantagem de uma agenda de papel sobre um dispositivo móvel é que você só precisa abri-la já está tudo mapeado. Em um smartphone, você tem acesso ao calendário a partir de um aplicativo, ou seja, é fácil ignorá-lo – e isso prejudicará a manutenção e organização da sua mente.

Step 4 Marque cada tarefa e resultado completado.

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Marque cada tarefa e resultado completado. Ao final do dia, após atingir seus objetivos, você vai sentir-se aliviado, e não estressado – como antes.

Existem evidências de que o ato de criar e riscar uma lista de tarefas alivia a pressão no cérebro. Escrever suas tarefas e objetivos remove a distração da mente. [3]

Se você não terminou completamente uma tarefa ou atingiu um resultado esperado no final do dia ou da semana, calcule a porcentagem estimada do que foi produzido e anote em seu caderno ou agenda. Seu cérebro será capaz de relaxar mesmo que a tarefa não esteja completamente pronta no tempo estimado.

Parte

3

Mantendo-se consistente

 

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Step 1 Faça seus planos de forma realista.

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Faça seus planos de forma realista. Pode ser divertido pôr no papel tudo o que passa pela sua cabeça, e é bom fazer isso. Mas quando se trata de planejamento real de horas e dias, é preciso ser realista. Não sobrecarregue um único dia com muitas tarefas.

Por exemplo, você pode estimar a duração de cada tarefa e escrever o tempo abaixo de cada uma delas. Em seguida, faça uma soma e descubra quanto tempo esses afazeres exigirão para ser realizados.

Caso leve mais do que oito horas por dia, faça um remanejamento dos itens da lista para que você não fique incomodado quando não conseguir realizar tudo o que precisa fazer dentro das horas planejadas.

Step 2 Atenha-se a suas metas semanais.

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Atenha-se a suas metas semanais. Após realizar uma estimativa de tempo realista para cada tarefa da sua lista, tente atingir essas metas. Esteja determinado a estar em dia com elas.

Caso você se atrase, reconfigure seu plano semanal para encaixar o tempo perdido. Se para isso você tenha que adiar alguns objetivos para a semana que vem, que assim seja. Mesmo que você tenha que reformular o plano, ao menos você o estará seguindo.

Step 3 Supere a tentação da preguiça.

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Supere a tentação da preguiça. Não procrastine racionalizando que você pode deixar para amanhã algo que está na sua lista de hoje – a menos que você realmente não tenha tempo. Procrastinar, principalmente no começa da formação de um novo hábito (como definição de metas e realização de tarefas), pode atrapalhar seus planos. Ao fazer isso, você terá que iniciar tudo de novo, ficando frustrado e podendo até mesmo desistir.

Quando surgir a vontade de procrastinar, prometa-se uma recompensa. Como os hábitos são formados quando a seção do prazer no cérebro é acionada, crie um sistema de recompensa para ajudá-lo a ficar motivado. [4]

Por exemplo, quando tiver um dia cheio pela frente, prometa-se que você vai fazer uma deliciosa refeição quando chegar em casa, que não vai atender ligações do trabalho em seu horário de descanso ou que vai dormir até tarde no dia seguinte.

Step 4 Crie o hábito de planejar.

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Crie o hábito de planejar. Seja consistente até que esse novo método de organização faça parte da sua vida. Ser organizado exige prática e energia no começo, mas quando você se acostumar com uma nova forma de pensar, isso torna-se algo fácil de se fazer. Você vai ficar menos estressado e sua mente começará a se sentir mais organizada de verdade.

Novos hábitos são criados gradualmente ao passo em que disciplinamos nosso corpo a novos comportamentos. Embora a ideia de que seja necessário um número específico de dias para criar um hábito novo seja um mito[5] , a verdade é que o cérebro humano gradualmente trabalha menos ao realizar a mesma tarefa após fazê-la algumas vezes. [6]

Parte

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Concentrando-se no momento

 

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Step 1 Acabe com as distrações de um projeto.

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Acabe com as distrações de um projeto. Para organizar sua mente durante um projeto, você precisa aprender a acabar com as distrações. Pratique isso trabalhando em um local com distrações durante um projeto importante. Comece com um breve período de tempo nesse ambiente - como cinco minutos - e aumente gradualmente a cada dia.

Por exemplo, sente perto de uma televisão quando estiver fazendo tarefa ou algum trabalho. Observe quanto tempo você consegue ignorar a televisão antes de perder a concentração. Pratique um pouco esse exercício todos os dias, tentando aumentar o tempo sem perder o foco a cada vez.

Eventualmente, sua habilidade de concentração aumentará e você sentirá como se sua mente estivesse tornando-se mais organizada durante a realização de projetos.

Step 2 Ignore as distrações em uma conversa.

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Ignore as distrações em uma conversa. Prestar atenção a uma conversa demonstra uma mente organizada e o desejo de ser atencioso com a outra pessoa. Para praticar isso, tenha uma conversa em um local com distrações, como em público ou em casa com a televisão ligada. Faça um esforço para ignorar o que estiver ao seu redor, e veja quanto tempo leva até você parar de prestar atenção na outra pessoa.

Tente manter uma conversa assim todos os dias até que você consiga prestar atenção o tempo todo. Você não precisa conversa com a mesma pessoa todos os dias.

A conversa pode acontecer no telefone, mas tente não a ter pela internet ou via mensagens de texto, pois nesses casos, as pessoas tendem a pausar bastante (pois elas mesmas costumam ficar distraídas).

Step 3 Bloqueie as coisas irrelevantes em uma palestra.

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Bloqueie as coisas irrelevantes em uma palestra. Prestar atenção em uma palestra, seja na escola ou no trabalho, é um sinal de mente organizada. Para praticar a concentração quando outra pessoa estiver falando, frequente aulas, palestras ou até mesmo pregações, e veja quanto tempo você consegue ouvir antes de seu pensamento começar a vagar. Faça um esforço para ouvir cada vez mais sempre que você for a uma palestra.

Tome notas enquanto estiver concentrado. A tomada de notas não só força o cérebro a prestar mais atenção, conforme informado anteriormente no começo deste artigo, mas também serve como uma forma de organizar visualmente seus pensamentos.

Step 4 Organize seus pensamentos em uma planilha.

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Organize seus pensamentos em uma planilha. Quando for hora de tomar uma grande decisão, é muito importante estar com a mente organizada. Da mesma forma que precisamos de uma programação para nos ajudar a gerenciar nosso tempo, as planilhas ajudam a organizar uma visão geral dos fatos de forma quantificável.

Uma planilha é basicamente um gráfico grande de prós e contras, mas você também deve incluir colunas para as características e as classificações. É possível encontrar modelos prontos na internet. [7]

A vantagem de uma planilha é que você pode torná-la simples ou complicada, e ela sempre vai estar bonita e organizada, por estar digitado.

Quanto terminar, imprima a planilha deixe-a em um local visível para que você possa pensar sobre todos seus aspectos e chegar a uma decisão sem arrependimentos

Dicas

Sempre que adicionar uma nova tarefa à lista, reveja os resultados. Defina novos objetivos se preciso. Em outras palavras, mantenha a lista revisada e atualizada.

Você pode usar um smartphone para gravar lembretes de voz sempre que tiver uma ideia ou receber uma nova tarefa. Depois, você pode ouvi-los e transcrevê-lo em sua agenda.

Crie o hábito de carregar um bloco de notas com você. Isso é ainda mais útil para anotar ideias e aliviar a pressão do cérebro.

7 traços de pessoas persuasivas:

Quais são as características de uma pessoa persuasiva? A lista é extensa e nem todos apresentam os mesmos traços, mas podemos destacar algumas habilidades que, se desenvolvidas, podem colocá-lo no caminho de se tornar um negociador mais eficiente. Conheça algumas delas.

 

1. São otimistas

Pense no marketing. Você prefere comprar um produto que promete combater a fadiga ou aumentar a sua energia? A maioria das pessoas escolhe o copo meio cheio e por isso ser otimista é ser mais persuasivo. Não raro, os vendedores bem-sucedidos são geralmente pessoas muito otimistas, pois fazem os demais se sentir à vontade e inspiram coisas boas.

 

2. São autoconfiantes

A vida sempre vai mudar os nossos planos originais, criando obstáculos e desafios. A história mostra que aqueles que respondem com mais confiança têm vantagem até mesmo sobre os mais competentes. Para persuadir, é preciso alavancar sua autoestima sem transformar isso em algo agressivo.

 

Pessoas realmente persuasivas sabem o seu poder e compreendem quando devem agir com moderação, enquanto pessoas agressivas acabam deixando os outros na defensiva. O persuasivo sabe escolher suas batalhas e argumenta seu ponto de vista quando realmente sabe que pode ganhar.

 

3. São autênticos

Ninguém confia em quem transmite um comportamento forçado e não gera empatia. Existe um ditado no qual “as pessoas não se importam com quanto você tem de conhecimento até saberem que você se importa com eles”. Persuasivos conseguem criar uma verdadeira conexão emocional com quem eles estão negociando, fazendo com que saibam que estão do mesmo lado. Você conseguirá persuadir muito mais facilmente se estiver disposto a ser aberto e alinhado com os desejos do outro.

 

4. Têm consciência

Conseguir algo de outra pessoa é muito mais fácil se você cumpre a sua palavra sobre qualquer situação. Seja se comprometendo que chegará no horário combinado ou ainda lembrando-se constantemente de informações importantes, demonstrar consciência ajuda muito a ganhar pontos com a outra parte. Persuasivos são emocionalmente inteligentes e sabem que não precisam ganhar todas as pequenas batalhas para vencer a guerra. Ser consciente muitas vezes é saber ceder para guardar energia e crédito para os momentos importantes.

 

5. Apreciam o silêncio

O treinador de vendedores J. Douglas Edwards explica que sempre que você fizer uma pergunta de encerramento, feche a boca. O primeiro que falar, geralmente perde. Isso porque os persuasivos bem-sucedidos não ganham batalhas repreendendo os outros verbalmente. Agir assim desgasta relações e não é eficiente. O melhor é apoiar os argumentos deles e deixá-los falar. Quem sabe persuadir ouve muito mais do que fala.

 

É como se eles estivessem ativamente ouvindo em modo de persuasão. Primeiro se mostram receptivos ao seu ponto de vista, enquanto estão ouvindo suas objeções específicas para saber como resolvê-las a seu favor.

 

6. Sabem tirar o pé

O imediatismo é inimigo da persuasão. É possível fechar vendas por meio da urgência, é verdade, mas ideias mais complexas exigem tempo para as pessoas considerarem o seu posicionamento. Respeitando o espaço dos outros, você saberá se a outra parte virá até você ou se está apenas desperdiçando tempo com algo que não tem a chance de dar certo.

 

7. São flexíveis

Entender que o mundo não funciona como uma polarização entre branco e preto, entre bom e mau, faz com que as pessoas persuasivas entendam que não há sentido em perder tempo discutindo fatos. Elas compreendem que ao valorizar sua opinião e dar créditos a cada um dos seus argumentos, será difícil para você descartar seu ponto de vista. Portanto, ao respeitar todas as suas opiniões, o persuadido estará muito mais propenso a aceitar o que o persuasivo quiser depois.

 

Como ser persuasivo e melhorar seu poder de negociação?

Agora que você já conhece algumas das características das pessoas persuasivas, é hora de aprender como exercitá-las. Lembre-se: estamos falando de uma situação na qual as pessoas acreditam em você com maior facilidade. Portanto, é fundamental que você também acredite na mensagem que está passando ou esteja realmente interessado em ajudar o outro lado.

 

Exercite dois pontos: atenção e escuta

Ouvir o seu interlocutor não é apenas fazer silêncio e deixar que ele fale até que chegue a sua vez. Ter atenção com o que está sendo dito significa que você realmente deve se interessar pela conversa, de maneira que possa interagir naturalmente com comentários ou sugestões ativas. Você precisa estar com a cabeça no diálogo e participar ativamente para que possa obter melhores resultados.

 

Reconheça a necessidade do outro

Ser persuasivo é saber reconhecer os problemas dos outros. Quando alguém compartilha com você uma necessidade, está em busca de uma solução. Muitos vendedores se sentem tentados a explorar esse momento de fraqueza e oferecer “qualquer coisa” para resolver um problema, quando na verdade sabem que aquela não é a melhor solução. Reconhecer a necessidade do outro é realmente tentar ajudar, ainda que seja não atrapalhando.

 

Passe credibilidade

A partir do momento que você ouve atentamente e reconhece as necessidades do outro, estará apto a dar suas sugestões. E esse é o ponto mais importante: você deve transmitir credibilidade com a sua fala. Para isso, seja honesto e fale sobre aquilo que você domina. Se não sabe a resposta, pesquise-a antes de falar qualquer coisa. A ideia principal é que todos saiam satisfeitos de uma negociação e não apenas uma das partes.

 

Demonstre comprometimento

Se prometeu alguma coisa, cumpra. Se não conseguir cumprir, dê satisfação de porque não cumpriu. Se combinou chegar em um horário, não se atrase. Demonstrar comprometimento significa cumprir aquilo que você acordou. Quando não nos esforçamos para fazer a parte que nos cabe não há um comprometimento real e, na prática, fica difícil persuadir alguém quando nem mesmo a sua parte foi feita.

 

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A próxima vez que você precisar persuadir ou negociar algo muito importante, reflita sobre esses traços de personalidade e se inspire para trabalhar na sua estratégia e conseguir melhores resultados. Você se considera uma pessoa persuasiva? Quais competências você procura desenvolver para se sair melhor nas negociações?

 

Hammed

Descrição. Elaborado a partir de questões extraídas de "O Livro dos Espíritos", o autor espiritual analisa os potenciais humanos - sabedoria, alegria, afetividade, coragem, autoconhecimento, lucidez, compreensão, amor, respeito, liberdade, desapego, e outros tantos -, denominando-os carinhosamente de "prazeres da alma" ...

 

O autor espiritual Hammed, através das questões de "O livro dos Espíritos", analisa a depressão, o medo, a culpa, a mágoa, a rigidez, a repressão, dentre outros comportamentos e sentimentos, denominando-os "dores da alma" e criando pontes entre os métodos da psicologia, pedagogia e da sociologia


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Baruch de Espinosa nasceu em 24 de novembro de 1632 e foi considerado um dos grandes filósofos racionalistas (ao lado de Leibiniz e Descartes) de sua época. Primeiro filho de uma família português-judia, tinha a agradável aparência de um português de estatura mediana, cabelos e pele morena, rosto oval. Espinosa era chamado por seus pais pelo seu nome português: Bento, e é curioso imaginar que ele aprendeu suas primeiras palavras na mesma língua que nós.

 

Seus pais eram prósperos comerciantes, mas por serem judeus, mudaram-se para Amsterdam fugindo da inquisição. Quando Baruch de Espinosa nasceu em Amsterdam, seu pai já possuía dois filhos de outro casamento. Quando criança, Espinosa fez seus primeiros estudos na sinagoga à qual pertencia, era um aluno brilhante, estudou profundamente o Talmude e a Bíblia, além de aprender hebraico, mas o consideravam também muito questionador (um defeito na época). No entanto, o dedicado aluno precisou largar seus estudos para tomar conta dos negócios da família.

 

JOVEM ESPINOSA

Espinosa fala livremente com seus amigos sobre suas concepções religiosas, a ideia de um Deus antropomórfico, separado do mundo real, agindo como um déspota, parece absurda para ele; também não encontra nos textos sagrados muitas das histórias que lhes contam, nem Leis supostamente divinas. Como era de se esperar, suas opiniões não agradam aos líderes religiosos de sua época e após muitas ameaças, avisos e reprimendas, Espinosa foi acusado de ateísmo e excomungado em 1656. Trocou seu nome Hebraico por um latino: Bento de Espinosa e passou a viver sem contato com os judeus.

 

Começou seus estudos de filosofia, latim e grego com Van dem Endem, leu Descartes, Platão, Aristóteles, Epicuro, Cícero, Sêneca, os filósofos medievais entre outros, além de estudar matemática e outras ciências. Foi também quando começou a redação do seu Tratado de Correção do Intelecto. Neste período, Espinosa sofre o ataque de um judeu fanático que tenta esfaqueá-lo por envergonhar a comunidade judaica. Assustado, ele percebe que não é mais bem vindo em Amsterdam.

 

O filósofo procurou companhias com quem pudesse dividir suas ideias. Mudou-se para Rijinsburg, em Leyden, pequena e tranquila cidade, com uma boa universidade que Espinosa visitava com frequência. Neste período escreveu seu Breve Tratado e os trechos iniciais de seu principal livro: Ética. Para sustentar-se, começou a trabalhar como polidor de lentes de telescópios e microscópios; exerceu este ofício, que aprendera ainda na sinagoga, até o fim de sua vida.

 

ESPINOSA ADULTO

O filósofo adotou uma das máximas de Epicuro: “viver os prazeres simples“. As práticas do filósofo do jardim moldam a vida de Espinosa: recusa de riquezas e bens materiais, prazeres sem exageros, uma vida dedicada à reflexão e ao conhecimento. Estas características não são vistas como um fim em si mesmo, mas são parte das condições para elevar seu pensamento. O asceticismo, neste caso, não é usado para a mortificação e preparação para outra vida, muito pelo contrário, é um meio de maximizar os efeitos de uma filosofia e de um pensamento rico e superabundante, que trazem felicidade e contentamento nesta vida.

 

Espinosa vivia discretamente, mas fazia amigos por onde passava, estes vinham de longe para visitá-lo, ele sempre os entretinha com conversas agradáveis e falava sobre suas ideias. Mudou-se para Voorburg, onde continuou a trabalhar e a escrever. Sua inquietação com a ignorância do conhecimento religioso o preocupa, resolve então escrever o Tratado Teológico Político, com o fim de mostrar as limitações do pensamento sagrado e seus meios de criar obediência e servidão. O autor publica seus livros anonimamente, tomando o cuidado de não perder sua tranquilidade para pensar e escrever.

 

Espinosa era tão visitado e conhecido em Voorberg que resolve mudar-se em 1670 para Haia, cidade pequena e de ar agradável onde passa o resto de sua vida. Nesta cidade, Espinosa conclui sua obra de maior importância, Ética, demonstrada à maneira dos geômetras, um livro tão potente que seu autor só permite publicá-lo postumamente. Seus amigos recebem trechos do livro e conversam com Espinosa sobre as ideias lá contidas. Após isso, retoma assuntos políticos, com a complicada situação na Holanda, onde monarquia e democracia se enfrentavam.

 

Espinosa foi convidado para dar aulas na Universidade de Heidelberg, mas recusou por entender que não teria a liberdade de falar livremente sobre suas ideias. Ele tinha sinceras intenções de viver livremente, gozando de sua autonomia de vida e pensamento. Contudo, apesar de enorme resistência, aceitou uma pequena pensão de J. de Witt para ajudá-lo com seus gastos. Espinosa não tinha medo da pobreza, pelo contrário, o que temia eram o esbanjamento e a fama. Sua cabeça estava em outros lugares: como viver bem? Como livrar-se do medo? Como ser livre? Qual o melhor modo dos homens associarem-se politicamente?

 

OS ÚLTIMOS DIAS

Espinosa sempre foi o pensador da virtude e da potência, dos afetos e da alegria, de Deus e da Razão. Levantou-se contra o racionalismo de Descartes e os mandamentos religiosos, lutou contra o despotismo dos governos e também dentro de cada um de nós. Com um pequeno grupo de amigos, fez circular suas ideias. Até o fim de sua vida morou modestamente e sempre foi honesto para com seus pensamentos.

 

Morreu prematuramente em 1677 com apenas 44 anos, talvez em decorrência do pó de vidro que respirava durante seu ofício. Sua Ética foi publicada postumamente e logo proibida por todas as autoridades religiosas e políticas, seu Tratado Político permaneceu inacabado. Espinosa é mais um daqueles filósofos perigosos para o status quo da sociedade, é impossível passar ileso pela potência de seus pensamentos. Sua obra reflete sua vida: pensamento e ação tornam-se um só. Espinosa nos é um filósofo essencial, com ele, aprendemos a viver o pensamento e pensar a vida.

Espinosa é um dos filósofos fundamentais do nosso site, mas também um dos que possui menos obras escritas. Nosso guia de leituras será então pensada como uma via de acesso para suas principais obras: Tratado Teológico Político, Tratado Político e, claro, a Ética.

 

LIVROS INTRODUTÓRIOS

Muito bem, você ouviu o nome de Espinosa em uma roda de conversa, ou talvez foi a uma palestra e ficou sabendo que o filósofo holandês fala sobre os afetos, ou você simplesmente quer saber mais sobre Espinosa para impressionar os outros. Por onde começar? Temos certeza do primeiro passo:

 

A maior especialista brasileira em Espinosa, quiçá do mundo, é a filósofa Marilena Chaui, que escreveu “Espinosa: uma filosofia da liberdade“. Este livro é a melhor introdução possível para adentrar nos meandros da filosofia da imanência. Marilena é uma ótima escritora e este livro é de uma clareza impressionante. Os capítulos começam com a biografia e as questões históricas, passa pelos principais conceitos do filósofo e termina com trechos de suas obras mais importantes. Não temos dúvida, é nossa melhor indicação!

 

Para aqueles que além de ler gostam também de ouvir, nós indicamos a palestra de Claudio Ulpiano, “Pensamento e Liberdade em Espinoza” (com Z mesmo, os autores variam na tradução), onde o filósofo fala de maneira abrangente da obra do pensador, além de trazer outras influências.

 

Outro livro do qual gostamos muito e indicamos para começar é “Lições Introdutórias à Ética de Espinosa“, de Marcos André Gleiser; ele é mais voltado para um livro específico, a Ética. Este livrinho é um ótimo começo porque Gleiser separa os capítulos de maneira bem didática, passando por cada assunto com muita calma e cuidado: Deus, afetos, imanência, servidão, mente/corpo, liberdade e assim por diante. É um ótimo caminho antes de se aventurar pelas difíceis passagens da Ética.

 

Pois bem, que tal ler o autor, sem medo de ser feliz?

 

O AUTOR

A grande obra de Espinosa, com certeza seu escrito mais importante, mais abrangente e potente é a “Ética – escrita à maneira dos Geômetras“. Escrita originalmente em latim, este não é um livro para iniciantes e exige um pouco de coragem e muito de paciência. Por que? Espinosa resolveu escrever seu livro como se fosse um tratado geométrico, para ter o máximo de clareza e concisão possíveis. Acontece que um livro que poderia ter mais de mil páginas ficou com aproximadamente duzentas. A linguagem é seca, árida, áspera. As páginas não são percorridas com facilidade e sentimos que estamos lutando com algo profundo. Nós gostamos da edição da Autêntica, traduzida por Tomaz Tadeu, que nos fez o favor de deixar a linguagem menos erudita, mas ainda assim… não é fácil.

 

A Ética não foi publicada em vida pelo autor, ela foi encontrada na gaveta da mesa de trabalho do filósofo após sua morte. Ficou guardada, pois Espinosa temia as reações das pessoas ao terem contato com suas ideias. Mas se é tão difícil assim, por que então indicar este livro? Ora, simplesmente porque é uma das obras mais incríveis jamais escritas por um ser humano! Este é com certeza um dos cinco livros mais importantes deste site. A filosofia não será sempre fácil, mas vale o esforço, já que seus frutos são os mais saborosos.

 

Espinosa também escreveu um livro sobre política, que infelizmente ficou incompleto, chama-se “Tratado Político” e também foi publicado postumamente. Neste livro, o filósofo holandês faz reflexões sobre o direito natural e a questão do poder sem cair no idealismo de seus contemporâneos. Também fala sobre as formas de governo: Aristocracia, Monarquia e Democracia. O filósofo era um entusiasta da democracia e a defendia como a melhor forma de governo, onde os homens podiam viver sem ser dominados uns pelos outros. Infelizmente, porém, a obra acaba antes do pensador escrever sobre a Democracia, tendo a doença interrompido esclarecimentos sobre este importante assunto.

 

Outro livro com nome parecido é o “Tratado Teológico Político“, que foi publicado anonimamente mas logo reconhecido como um escrito de Espinosa. O livro faz uma genealogia dos discursos teológicos e mostra que trata-se de mais uma forma de submeter o pensamento à servidão e à obediência. No livro, Espinosa se esforça para mostrar que o caminho da política não está no campo da religião, mas sim no do livre pensamento e da filosofia. É claro que não foi bem recebido por estas ideias e o livro  logo foi proibido de circular.

 

COMENTADORES

Após as leituras da filósofo em questão, podemos passar para os comentadores. São dois: Gilles Deleuze e Marilena Chaui.

 

Deleuze faz o filósofo falar línguas diferentes, inventar conceitos novos, parir um monstro. E ele está certo, a filosofia não deve ser educada e guardar-se em determinadas linhas, deve ir adiante, criar, arriscar. Sendo assim, Deleuze escreve “Espinosa e o problema da Expressão” como tese complementar do doutorado. Este livro mostra um Deleuze inspirado que faz a filosofia de Espinosa digladiar-se com Descartes e Leibniz. O resultado? Uma filosofia da Expressão, implicada com o ato de desdobrar-se em novas e potentes direções.

 

Outro livro de Deleuze? “Espinosa, Filosofia Prática“, livrinho curto, rápido e de incrível inspiração! Deleuze nos fala um pouco sobre a imagem do filósofo, sua conduta e missão, passa pelos conceitos mais importantes de Espinosa e termina trazendo a atualidade de seu pensamento. Vale muito a leitura e releitura deste livro, pois sempre encontramos algo novo quando o abrimos.

 

Podemos dizer que Marilena Chaui dedicou-se com afinco para escrever uma das maiores obras já escritas sobre Espinosa: “A Nervura do Real”, em dois volumes. São mais de mil e quinhentas páginas sobre o filósofo holandês! Sim, exatamente! Mas, para não assustar os possíveis interessados, nós asseguramos que a leitura é agradável! Marilena escreve absurdamente bem e leva seus leitores como que pela mão da “Imanência” até a “Liberdade”, subtítulo dos dois volumes.

 

Mais alguma coisa? Ora, mas é claro! Nós não poderíamos deixar de fora o filósofo Antonio Negri, que leva o pensamento de Espinosa para a política com toda a força! Dois livros, “Anomalia Selvagem” e “Espinosa Subversivo” podem ser muito interessantes para mostrar que o pensamento de Espinosa não fica atrás dos grandes pensadores da política e também que sua filosofia é de uma potência enorme no campo da ação, ainda mais quando associado a Marx, outro pensador que muito influenciou Negri.



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